Tempo de Solidão
Eu tentei, querida, mas simplesmente não consigo. Acabou. Não sou capaz de ser o teu amor, não tenho forças para ser teu. Com toda a minha alma e vontade procurei mudar e mostrar-te como te amava. Falhei por completo.
Cheguei ao fim. Vivi e amei como podia, e no entanto só conheço a solidão. Nunca conhecia outra coisa. Estou só, estou magoado, estou ferido de tanto amor. Estou exactamente como comecei, mas com o peso na minha alma de todos os dias que passei contigo e te aprendi a amar cada vez mais. Estou igual a mim próprio. Aquele que estará sempre só.
Continuarei a amar-te. De cada vez que pensar em ti o meu coração encher-se-á de alegria imensa e de insondável tristeza, pois há muito que me esqueci da diferença entre esses dois lindos sentimentos. Invocar a tua memória e relembrar o teu carinho será amar-te mais um pouco. Nunca te deixarei. Nunca te magoarei. Nunca me esquecerei de ti. Nunca deixarei de ser a pessoa que sempre fui. E assim, nunca serei o teu amor. Nunca serei feliz.
Porque terei de sofrer assim? Estarei a pedir demais? Talvez tenha de me conformar à minha cinzenta vida e perceber aquilo que tenho de precioso. A felicidade não é senão uma medida de contentamento face a um oposto. Terei de me resignar em ser esse oposto e oferecer felicidade ao mundo por comparação.
Oh, querida, minha mais amada, minha razão de vida, perdoa-me por todas as palavras nunca ditas, pela pessoa que tentei ser e não consegui, por toda a felicidade e amor que não te consigo dar. Sou demasiado pequeno junto de ti e pensei que a minha desmesura de amor que por ti sinto poderia um dia vir a colmatar essa brecha de sentimentos. Querida, perdoa-me por aquilo que sou e nunca descobriste, pela ignorância e ingenuidade em que te deixo apenas porque não suportaria perder o pouco que de ti recebo.
Isto é uma assunção de derrota. Não vou ser feliz.
Tempo de solidão, tempo de exílio.
Boa noite.
8 Comments:
Magoas-me tanto Vincent!!! É uma diferença tão abismal entre a escrita e a vida real... por querer ou sem querer, sempre me magoaste tanto...queres estar só... dá-te prazer enlouquecer-me...está bem.
Mary
Conclusão: Bom trabalho de ficção
Eu já andava desconfiada.
saudade.
14 de Julho de 2005 já foi há muito mas hey..! Porque não?
Há algo de errado no escreves. É muito bonito e romântico, sem dúvida, mas parece mais um exercício literário do que verdadeira solidão. Se esse não for o caso permite-me dizer que estás apenas apaixonado pela tua solidão e infelicidade.
Ergueste este Temp(l)o de Solidão que chamas de blog e aguardas que venham aqui pessoas sentir pena de ti. A vida não é facil para ninguém e já todos tiveram amores não correspondidos que custam a esquecer.
Mas ao mostrares-te tao miseravel, tao digno de dó, tão coitadinho...como podes esperar que alguem te possa amar ou querer estar contigo? Ah, e tão egoista!!
Ocorreu-me que falaste dos teus sentimentos de tristeza e solidão, da emoção que TU sentes quando estás com ele mas raramente DELA.
Usa o teu talento para ires ao encontro dos outros e ganhares o respeito deles. E se há uma coisa que eu sei é que depois de um amor...há se surgir outro. Diferente mas não menos intenso.
Espero que trnha sido o que fizeste em Julho de 2005.
Conheço mais alguem com essas caracteristicas.Não desanimes quem sabe não és correspondido no teu amor.Da-lhe alimento e segue em frente,logo se verá ......
sabes rapaz, sei vem akilo k sentes. estou a passar pelo mesmo, mas no feminino. o meu namorado acabou cmg. mas eu ainda o amo mt. dava td para ser akilo k n fui para ele. mas agora e tarde de mais. acabou mxm.mas a vida e axim. tens k lutar e ser feliz. mt forxa
Bem...
Descobri esta pagina porque na google, quando se poe: Solidao, esta pagina apareçe...
Fiquei arrepiada de ler isso tudo.
Nao sei quem è essa pessoa que escreveu isso... Parecia eu a escrever.
Sei do que falas.
Na vida, podemos amar toda vida, d'um amor demesurado e nao ter a pessoa ao nosso lado.
Depois, tabem quando se ama e temos segredos, sentimos sos...
Acho que gostamos desta Solidao...
E d'outro lado, tabem odeio-amos.
Um abraço muito sincero pela escritua qu'eu li.
Agora vou ler o resto.
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