Qual destino?
Estou prestes a atravessar um período curioso na minha vida. Tenho muito que fazer com o meu emprego, tenho muito em que pensar sobre a minha pessoa e tenho muito que enfrentar nos próximos meses.
Contudo, não gosto de me queixar. Paradoxal quanto pareça num blog deste tipo lamurioso, eu sinto que tenho uma óptima vida. Nunca me faltou nada, nunca tive frio ou fome. Conheço pessoas interessantes e tenho uma ou outra amizade que muito prezo, o que é mais que a maioria pode dizer. Todos os dias o agradeço a Deus e procuro não me esquecer dos meus privilégios.
Faltam-me uma ou duas coisas, apenas. Uma delas é uma coisa banal, que muitos possuem sem esforço e tomam mesmo por certa ao longo das suas vidas. Mas é uma coisa que me falta e é algo de que preciso. Pessoas há que não lhe fazem uso, pessoas há que não sentem a necessidade de se confortarem com a sua presença. Mas eu não, eu tenho de a possuir, eu tenho de a encontrar. É disso que me queixo, é desta minha azarada propensão que canto.
Tudo isto para quê? Já nem me lembro porque razão escrevi estas linhas apressadamente. Tenho uma grande prova a superar esta semana, isso é verdade, e tenho muito medo do que se pode passar. Não quero que o meu amor se liberte e revele, ainda não. Mas cada dia que passa torna esta minha obstinação mais dolorosa.
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