Tempo de Solidão

"Tempo de solidão, tempo de exílio."

sexta-feira, setembro 17, 2004

Ai shiteru

Eu amo-te tanto, minha querida... Se soubesses como anseio por ti, nas horas em que me falas com os teus olhos doces e as tuas palavras despreocupadas. Se imaginasses como te quero interromper e tomar nos meus braços e amar-te, amar-te, trocar carícias, sentir os teus cabelos, abraçar-te, amar-te. Como eu desejo estar ao teu lado em todas as horas, felizes ou sombrias, para poder ser feliz contigo ou confortar-te com o meu calor.

E no entanto, toda a beleza destes puros sentimentos tem de permanecer encerrada nesse grande cofre que é o meu coração. Amo-te sem te poder amar (e, na minha mente, sem te amar). Minha mais amada, alguma vez verei o dia em que o nosso amor possa existir? Alguma vez poderei sonhar com um terno desfecho para todas as minhas ambições?

Se tu soubesses como te amo, o que farias? O que me dirias? Surpreender-te-ia? Pensarias que tinhas perdido um amigo? Odiar-me-ias? Aceitarias um amigo sabendo o que ele sente?

Pior que isto, o que faria eu se ela me conhecesse e soubesse que o meu amor por ela? Que pensaria eu? É que é infinitamente nobre e mui trágico afogar-me nestes pensamentos de solidão e de amor impossível, mas a que mágoa desceria eu se tivesse de a encarar com os olhos desmascarados de um tolo apaixonado? E quanto à minha promessa, à minha decisão, como poderia sequer guardar uma réstia de dignidade?

Hoje foi um dia triste. O meu amor não pára de crescer. Até onde me levará, não sei, mas estou a habituar-me à solidão. Talvez seja assim que eu deva acabar os meus dias: só, abandonado, e profundamente ferido por uma mágoa que palavras e pensamentos nunca poderão curar.

Mas isso não é novidade, minha pequenina verbi gratia...

1 Comments:

At 2:45 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Muito kawaii ...

 

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